Thursday 19 May 2011

SWANS: ESTREIA


Estreias
Swans
Realizador: Hugo Vieira da Silva
2011
Vou dedicar poucas palavras a este filme, mas nem sempre podemos apenas falar dos bons
filmes que vemos correcto? Portanto vou mesmo falar de um mau filme, aliás um dos piores que já vi. Ao ver este Swans, relembrei um dos piores filmes que já vi o ano passado, no Motel X, o Fired, um suposto terror indiano que foi o total fracasso, mas esse agora não interessa.
Vi o trailer à umas semanas atrás deste Swans e logo disse que seria um dos que mais fazia
questão de ir ver ao Indie Lisboa. A mensagem passada era a de pai e filho, em que ambos
visitavam a mãe que estava numa condição bastante crítica de coma, mostrando assim
imagens fortíssimas e silenciosas de tamanha dor. Ao mesmo tempo, mostravam a passagem na adolescência de um filho que se sentia meio perdido e que vivia intensamente os seus dias, ao a andar de skate, ou a pintar paredes, ou a ouvir punk rock a roçar os anos 80. Todo este movimento, contrastando com o sossego de certas partes da história parecia perfeito, forte, poderoso. Não foi nada disto…
Esqueçam até as críticas feitas a este filme, que só conseguem informar da viagem e estadia em Berlim e no coma desta mãe. Ao ver o filme temos de ser realistas e dizer mesmo que este filme é péssimo. Com a duração de quase duas horas e meia, temos vontade de virar costas na primeira meia hora. Cada cena é longa demais, falando muitas vezes do mesmo tema, tornando-se repetitivo e monótono.
As cenas iniciais de uma mulher incapacitada do que quer que seja, o vermos que quando
alguém chega a um ponto extremo de doença ou desastre, precisa de tudo e de todos para
fazer qualquer coisa da sua vida, é chocante. E acho que é apenas o ponto positivo deste filme, onde o silêncio extremo nos transporta para outra realidade, em que para sentirmos dor ao olhar para aquelas imagens, precisávamos desta total paragem, de um pouco de monotonia simples.
Fora isto o filme tem cenas totalmente desnecessárias, partes sexuais entre filho e mãe
que fazem com que fiquemos enojados, que fazem com que viremos a cara, que nos fazem questionar o porquê daquilo estar a acontecer.
Pouco se vê de Berlim, uma cidade que deveria estar muito mais evidenciada no desenrolar desta história e todo o filme é confuso e cansativo.
Os protagonistas são Kai Hillebrand, Ralph Herforth e Maria Schuster, num filme que é falado em alemão, mas realizado por um português, que vive também por vezes na Alemanha.
Depois de ter estreado no Festival de Cinema de Berlim, Swans está no Indie Lisboa e vai
também passar para as salas de cinema.

Por Vanessa Marcos

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