Wednesday 1 June 2011

Estreias
Limitless
Realizador: Neil Burger
2011


O ideal para uma sexta- feira, em que estamos um tanto ou quanto moles para sair, mas ao
mesmo tempo não nos apetece ficar em casa, é mesmo uma ida ao cinema. Posso dizer que é um dos meus programas preferidos, no geral.
E esta sexta, o escolhido foi Limitless, após ver uns quantos trailers e decidir que este filme tinha algo especial…
Sendo aficionada por tudo o que mexe com a mente, com a concentração de cada um, com o poder de conquistarmos o que queremos na vida através de força de vontade e perseverança, o conceito deste filme deixou-me intrigada. Tudo gira à volta de um comprimido, que neste caso ainda não estava a venda nas farmácias, mas que seria um complemento ou suplemento aos pontos que poderiam estar mais fracos na cabeça, passando pela memória e concentração. Na vida real, estudando um pouco sobre certos complementos, podemos ver que alguns têm as suas vantagens mas que também podem ter as suas contra- indicações e que por vezes basta melhorar certos pontos da nossa vida, saúde, horas de sono, alimentação, para também esses aspectos passarem a ficar melhores. Nesta ficção, este pequeno comprido já é visto como uma droga um tanto ou quanto grave, já que a sua função é pôr a mente a funcionar a 100%, ou seja tudo o que é visto é assimilado na sua totalidade, todas as memórias, passando pela mais pequena recordação que é elevada ao extremo, qualquer palavra que se oiça é decorada e memorizada, etc. Basicamente, este pequeno comprimido pode tornar qualquer um rico e poderoso. Eddie Morra, personagem interpretada por Bradley Cooper, é um escritor, ou pseudo escritor, que anda à anos a tentar editar um livro, mas que não é capaz simplesmente porque a imaginação dele é zero, dali não sai nem uma palavra. Lindy (Abbie Cornish), sua antiga namorada, que continua a manter uma certa relação com Eddie, chega ao limite de dizer que toda a sua vida é uma farsa, que após todos estes anos a tentar algo, e a não fazer nada pela sua vida, não é agora que o vai conseguir.
Eddie vive sozinho, num apartamento que mais parece um esterco, no meio de confusão e
sujeira que não se limita apenas ao sítio onde ele vive, mas também a ele próprio, sendo que, quem olha para ele, faz questão de dizer que mais parece um sem- abrigo, devido ao seu desleixo.
No meio desta monotonia toda, surge Vernon caracterizado por Johnny Whitworth, um ex-
cunhado de Eddie que o tenta salvar, dando-lhe o tal comprimido. NZT, que após a sua toma causa sensações que qualquer um gostaria de sentir, a mente fica aberta, as sensações ficam todas a borbulhar, os sentidos ficam apuradíssimos e a imaginação e criação aparecem no próprio momento.
Um dos pontos mais positivos neste filme são as imagens e cores, após toma do comprimido, mostrando Eddie ou qualquer outra pessoa que o toma, noutra dimensão, uma realidade que até ficamos a pensar como seria se acontecesse a cada um de nós. Quem não gostaria de por momentos se sentir o mais inteligente e perspicaz de sempre, ao sentir que consegue fazer tudo, consegue alcançar todos os objectivos mentais e criativos, consegue ser o próprio, mas extremamente mais desenvolvido.
Eddie além de conseguir acabar o livro em quatro dias, começa a aperceber-se que tomando este comprimido pode ir muito mais além e é exactamente o que ele faz. Quer voar mais alto, quer poder fazer tudo, quer ser dono do mundo.
Decide arriscar no mundo dos negócios financeiros, visto conseguir ter uma percepção exacta de como conseguir com que milhões lhe cheguem às mãos de um minuto para o outro. Aqui conhece, um dos maiores homens do negócio, Carl Van Loon, Robert De Niro, com que começa a trabalhar e a chamar cada vez mais a sua atenção.
Subindo cada vez mais alto, Eddie começa a aperceber-se que estes comprimidos mágicos, são motivo de interesse para muitas outras pessoas, ou seja extremamente procurados. Nisto começam perseguições caóticas em busca do NZT, onde Eddie se apercebe que já não consegue viver sem aquilo e que como qualquer droga, se a deixar de tomar vai sofrer as consequências, que podem ser desde ficar com doenças graves e incuráveis, a morrer. Mas Eddie prefere continuar e seguir em frente com o seu melhor amigo, o comprimido NZT, que o faz chegar ao topo, com o seu livro já publicado e sem que ninguém o faça parar!
É óbvio que como em qualquer filme que junte um pouco de acção, existem cenas em tanto cómicas, neste caso as perseguições fanáticas de quem está viciado neste comprimido e cenas em específico em que o filme pode perder uma certa credibilidade. É verdade, não é o filme mais inteligente dos últimos tempos, mas tem várias imagens bastante bem construídas e a ideia de podermos imaginar passar um dia por uma situação destas é realmente muito interessante.
Saí da sala de cinema bastante entusiasmada com o que vi e com uma boa disposição que o
filme naturalmente transmite.

“What if a pill could make you rich and powerful?”

Por Vanessa Marcos

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